A UNIÃO DOS RITMOS MUSICAIS

Fábio Rogéio escreve em sua coluna sobre a união dos ritmos musicais

 

TEXTO: Fábio Rogério | FOTO: Cláudio Lira | Adaptação web: David Pereira

O colunista Fábio Rogério | FOTO: Cláudio Lira

O colunista Fábio Rogério | FOTO: Cláudio Lira

Pensar grande e pensar pequeno sempre gerou o mesmo trabalho. Atualmente, desde o tiozinho do carrinho de pipoca até o mais nobre executivo ouve Hip Hop. Vivemos a época do “fale e ouça grátis”, mas a preocupação ainda é a vibração. Não unir e segregar ritmos, quase sempre distantes devido a rótulos do tipo “música secular versus música gospel” é o que me entristece. Como Cristão sociável, certo dia me foi dito: “Filho, não ouço mais música do mundo, e você?” Pensei intimamente: “Poxa, eu estou no mundo – planeta Terra -, não estou em Marte.” Que bom seria se o diferencial fosse música boa versus musica ruim. Como diz Toni Tornado em uma de suas edificadoras canções, “diga amém”.

Sinceramente, gostaria que a união não fosse um sonho distante, mas sim algo pragmático e Unforgettable como a canção que ouço sempre nas vozes de Nat King Cole e Natalie Cole. Quem hoje quiser começar a colecionar Rap Brasileiro e música negra, certamente vai achar difícil ter tudo. Rimas de protesto, incluindo o sentimental e mensagens espirituais, fazem de MV Bill, Flora Matos, DMN, Ndee Naldinho e Dj Alpiste alguns dos personagens que são porta-vozes dos aglomerados urbanos e da classe alta.

A palavra Rap é tão conhecida e tem um apelo tão forte, que uma “pulga atrás da minha orelha” me incomodou quando vi a patente registrada com esse nome para um então futuro carro a ser lançado por uma famosa empresa automobilística aqui no Brasil no ano de 1997. É o sistema! Mas para não sermos crianças de um sistema desumano, precisamos lidar bem com nossas deficiências internas. A intimidante ideia popular “pior do que tá, não fica” tem que ser erradicada. Ficar acuado com medo de enfrentar a vida de nada adianta e não gera solução. Que bom exemplo são os Bombeiros, que ao receberem um chamado, encaram a rua em no máximo 2 minutos. Vá para a ação e mude sua situação. Muito se fala de Sistema mas ele só mudará quando tentarmos de fato transforma-lo. Organização para crescer! Só assim daremos a virada.

Exemplos:

O brasileiro, baterista e produtor do novo CD de Patrícia Marx, Sorry Drummer, teve seu disco relançado no Japão pela gravadora P-VINE Records, e simultaneamente estará no mercado americano pelo selo ABB Recods – dos rappers Little Brother, 9th Wonder e Foreing Exchange. Seu Jorge prepara novo disco com participações de Erykah Badu, Chaka Khan e Mos Def. King Duplo Impacto, que gravou “Neurose” com Edi Rock, prepara vídeoclipe de sua nova música “Universo em crise”.

Binho-Ribeiro, grafiteiro que tem sua arte reconhecida internacionalmente, foi o escolhido para alegrar e colorir a campanha de um conceituado shopping center em São Paulo. Tio Fresh gravou com Sampa Crew e MV Bill. Diana Ross no Brasil com grande Show. A camaronesa Louise Edimo está na TV Cênic, com o programa “África sem fronteiras”.
Quer ver esta e outras matérias da revista? Compre esta edição número 180.

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