Criança de sete anos foi vítima de preconceito no condomínio onde mora, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Caso foi denunciado na Polícia Civil
O baterista do grupo Molejo, Jimmy, e sua esposa, Cristiane Sales, fizeram uma denúncia na Polícia Civil contra uma vizinha que adotou uma conduta discriminatória com o filho do casal, George, de sete anos, por ele ser pessoa autista. Moradores de um condomínio localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a família foi surpreendida com a atitude preconceituosa e racista da mulher.
De acordo com a mãe do garoto, George brincava com um colega na área de lazer do prédio. A vizinha abordou uma mulher para falar sobre um problema com outras crianças, que não envolvia George e começou a fazer ofensas contra o filho do baterista.
Ao portal G1, Cristiane Sales contou “Começou [vizinha] a querer me identificar através do meu filho. Que ele seria um doente, uma criança com problemas. E como eu não atendi nessa identificação, ela também perguntou se era o filho de um preto, um pagodeiro, favelado, pai de uma criança doentinha”, afirma.
A mãe de George tentou explicar que aquela criança era seu filho e que era autista, no que a vizinha respondeu “depois que autismo virou moda, retardado tinha mudado de nome”.
A mãe da criança que brincava com George no momento da confusão trabalhava em regime home office e ouviu os gritos. Ela tentou argumentar com a vizinha que fazia as ofensas, mas não conseguiu conversar. Em entrevista, a professora Nira Kríssia José de Lima disse “Ela [vizinha] insistiu: ‘ele é doente, sim’. E eu disse que autismo não é doença. E ela insistiu. Aí cheguei para a Cris e disse que não tinha condições de diálogo”, contou.
Lima prestou depoimento à Polícia Civil que encaminhou o inquérito concluído para a Justiça. Nas redes sociais, o Grupo Molejo divulgou uma nota de repúdio, solicitando que toas as providências cabíveis sejam tomadas e o caso seja apurado com rigor.
