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Coronavírus em alerta na África

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Amarildo Nogueira

Mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Católica de Santos, MBA em Logística Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Business and Management International Professional pela University of California (Irvine-EUA). É Consultor empresarial e autor do livro Logística Empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. Ministra Palestras e Treinamentos em todo Brasil, onde já desenvolveu e capacitou mais de 60.000 pessoas.

O continente africano já contabiliza 4.718 infectados pelo Covid-19. Na última semana, o novo coronavírus atingiu 46 dos 54 países, registrando até o fechamento desta matéria 152 óbitos.

 

O Egito, principal importador de produtos brasileiros na África, foi o primeiro país a registrar sinal de alerta coronavírus. Mas é a África do Sul que concentra, neste momento, quase um terço dos casos confirmados de todo o continente e o governo decretou isolamento social.

 

 

Em Moçambique, onde a quantidade de casos ainda é menor, as aulas foram suspensas e as aglomerações foram proibidas.

 

As nações africanas entraram em alerta logo que países europeus, como a Itália ou a Espanha, ainda tomavam medidas leves em relação aos primeiros casos na China. As cicatrizes da proliferação do ebola no continente, que entre os anos 2014 e 2016 deixou mais de 11 mil mortos e cerca de 28 mil infectados, ainda estavam abertas. Mas é justamente a experiência em assistência básica que diversos países adquiriram no combate à epidemia uma das explicações para a até agora lenta propagação do coronavírus na região, somada à expectativa de vida mais baixa em média no continente — apenas 5% dos mais de 1,3 bilhão de africanos têm mais de 65 anos —, e a possível subnotificação em alguns casos.

 

O isolamento obrigatório na África do Sul começou a vigorar nesta sexta-feira (27), e é uma das restrições mais severas do mundo. O país já registra 1.280 casos, mas é o Egito, onde há 609 infectados, contabiliza a mais elevada quantidade de mortes, com 40.

 

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que fez um teste de vírus negativo na quarta-feira (25), convocou o exército para reforçar o isolamento e a criminalização deliberada da disseminação de informações falsas.

 

O bloqueio de 21 dias restringe as pessoas a suas casas para a maioria das atividades, incluindo exercícios, permitindo saídas apenas para fins específicos, como comprar comida ou para emergências de saúde.

 

Vale estacar que, há um mês, os casos de Covid-19 somente eram registrados em dois países africanos. O aumento do índice de pessoas infectadas fez com que há alguns dias, centenas de pessoas caminhassem, em fila indiana, pela avenida nacional 7 para fugir da capital de Madagascar, Antananarivo. Em toda África a pandemia de coronavírus está provocando êxodos similares.

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