Empoderamento de negros no mercado musical

Não é de hoje a constatação da quase absoluta ausência de representatividade negra em cargos de liderança no mercado musical. Com o objetivo de mudar esta realidade, o selo e agência Mondé Musical criou o movimento #blackmusicbusiness.

A ideia nasceu em janeiro de 2019, durante um ‘talk’ realizado em parceria com a sucos DoBem, no espaço que a marca de bebidas mantém no Rio de Janeiro. Na ocasiāo, o conceito surgiu como uma provocaçāo de visāo de mercado, mas ao longo do ano se desdobrou em outras frentes até chegar ao podcast homônimo, além da criaçāo de uma rede para divulgaçāo de vagas de trabalho.

O podcast teve seu primeiro episódio lançado em março de 2020, muito motivado pela volta do formato como um vetor de comunicaçāo  e desde então, e vem seguindo uma periodicidade e conquistando desdobramentos. Um deles foi a live “Mercado Musical pela Ótica Negra” no Instagram da agregadora digital ONErpm, que convidou Gabriel Marinho, o CEO da Mondé, para discutir o conceito e exemplificar cases e modelos do #blackmusicbusiness.

Gabriel afirma que, antes de tudo, o conceito é  “uma perspectiva que vai além de gêneros nichados. A ideia é de que nos dêem voz e ouvidos como um todo. Nāo só utilizar artistas negros para vender uma determinada playlist ou estilo, mas também para pensar. Seja numa ação de marketing, ou num planejamento estratégico, e ser remunerado por isso de forma justa”.

Presente no cenário independente brasileiro desde meados de 2011, fundado e gerido por pessoas negras, o selo e agência Mondé Musical é um notório movimentador nos backstages e escritórios cariocas, responsável por lançamentos de artistas como o rapper Raffa Moreira, a cantora Luciane Dom e a cantora e atriz Luellem de Castro, que estampou a capa da RAÇA, ao lado da saudosa Ruth de Souza e da atriz Roberta Rodrigues, no ano pasado. O selo conta com um vasto catálogo com presenças que vão desde Rincon Sapiencia e Russo Passapusso (do Baiana System), até Dino d’Santiago, português de ascendência cabo-verdiana e parceiro musical de Madonna. Em sua face de agência, recentemente a Mondé assinou a trilha do “Hit do Vegano”, campanha da tintura Natucor da Embelleze, e já trabalhou com marcas com Kenner, Claro e Tim.

O podcast trouxe a possibilidade de manter o debate aceso mesmo em meio ao isolamento. Quem são os artistas pretos que movimentam os bastidores do mercado musical? Que transitam pelos corredores das gravadoras? Pelas produtoras? Que cargos ocupam? Há um vácuo, um apagamento que precisava ser trazido à tona e este é o intuito.

SOBRE A MONDÉ

Fundada em 2011, a Mondé tem tido uma atuação de grande importância no mercado musical independente brasileiro.

O selo e agência musical vem executando seus modelos de distribuição digital, gestão artística e marketing, além de realizar soluções de music branding para marcas, sem nunca perder o compromisso racial e socio-economico, fundando o movimento #blackmusicbusiness.

Hoje com mais de 50 artistas em seu cast, seu catálogo já atingiu lugares como Paris, Londres, Portugal e países Africanos. As ações realizadas com nomes como: Luciane Dom, BK’, Raffa Moreira, Vinicius Terra, Dino d`Santiago (Portugal), Mahal Reis e Bruna Araújo entre diversos outros já figuraram em diversas playlists e conteúdos oficiais de parceiros como Spotify, Deezer, Sofar Sounds, Claro e ONErpm.

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