FAMÍLIA QUILOMBO

Por: Amarildo Nogueira

Pesquisei em vários canais no YouTube aqui no Brasil. O único que retrata o dia-a-dia de família preta é o canal Família Quilombo. O nome surgiu por conta da forma de ver e levar a vida em família. Com alegria, sabedoria, amor e boas dicas para as famílias negras em várias situações cotidianas, desta forma tem aumentado o número de seguidores.

Inicialmente chamado de Família Nutela, representava um contraponto ao modelo hegemônico de família retratado nos comerciais de margarina. Porém, com a ampliação do número de famílias que passaram a segui-los, perceberam que Tirava o foco do que desejavam. Repensaram e a alteração trouxe um sentido mais profundo para a representação da família preta: afeto, cuidado, proteção, resistência e, sobretudo, uma Família Quilombo!

Composta por Josimar Silveira, 39 anos, pedagogo, metroviário, criador de conteúdo digital, com experiência em formação de professores/as e ações educativas em matéria de paternidade e educação antirracista; a mãe Adriana Arcebispo,40 anos, pós graduada em Gestão de Pessoas, assistente social do INSS, criadora de conteúdo digital, experiência em ações educativas em matéria de educação antirracista, maternidade e Previdência Social e os filhos Akins, 07 anos, estudante e Dandara, 03 anos, estudante, os inscritos no canal vêm aumentando.

Sobre o canal


O canal Família Quilombo foi idealizado pelo casal, que junto aos filhos usam as redes sociais para tratar de afetividade, criação e relações familiares a partir de sua experiência de família preta. O resultado é um conteúdo que contribui para a naturalização desta imagem de família, negada e desincentivada cotidianamente.

A Famíia Quilombo sabe que possui muitos desafios como família preta, desde não sucumbir diante das dores diárias do racismo até educar crianças numa sociedade que nos invisibiliza, rejeita e mata. É desafiador olhar para o Akins e saber que ele tem 70% a mais de chance de não sobreviver na juventude, olhar para nossa Dandara e saber que seu corpo é visto de forma hipersexualizada e que, sendo base da pirâmide social, provavelmente terá menos oportunidades nesta estrutura racista e machista na qual estamos imersos. Proteger, ofertar dados de realidade e ao mesmo tempo permitir que ambos cresçam felizes e capazes de sonhar é um desafio enfrentado diariamente, com coragem, afeto e ternura, comenta a mãe Adriana.

“Valorizem, fortaleçam e protagonizem novas narrativas sobre a família preta. Não somos a única forma de amor, mas somos o amor que a História tentou destruir, temos raízes e resistiremos”, pregam.

Acesse as redes sociais e siga esta família preta que tem influenciado de forma muito positiva as famílias de todo Brasil!

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