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Herói Africano

Conheça a história de Kwame Nkrumah um herói que merece ser lembrado

 

Texto: Oswaldo Faustino | Foto: Divulgação | Adaptação Web Sara Loup

Kwame Nkrumah | Foto: Divulgação

Kwame Nkrumah | Foto: Divulgação

 

“Hoje a palavra de ordem, no continente africano, é o Black Economic Empowerment (o empoderamento econômico negro). Mas vale a pena voltar os olhos e nos dedicarmos a conhecer o outro pensamento de unificação sobre oqual ouvimos muito o nosso saudoso líder Abdias do Nascimento falar. Acredito até que era essa a palavra que lhe deu energia para chegar muito perto de festejar, em vida, seu centenário: o pan-africanismo”

Essa ideologia que, na América, teve dois grandes mentores, Marcos Garvey e W.E.B Du Bois, propunha tanto uma unificação política dos povos africanos, quanto a reagrupação das etnias, dispersadas por imposição dos colonizadores. Uma unificação que não se limitava à África, mas aos africanos todos na diáspora e seus descendentes. Foi assim que esse pensamento sustentou, na segunda metade do século 20, todas as guerras de libertação dos países africanos e o surgimento dos movimentos negros.

Internacionalmente, potencializou a voz africana, como se fosse uma única voz. Houve várias lideranças pan-africanas nacionais e internacionais. A maioria delas pessoas dignas de se destacar e cujas fotos deveriam adornar as paredes da sala de nossas casas, como se fossem ancestrais de nossa família. Uma delas é o herói africano, filósofo e escritor Kwame Nkrumah, o Osagyefo (líder vitorioso), de Gana. Foi primeiro-ministro daquele país, cuja independência ocorreu em 1957, depois presidente, de 1960 a 1966, e morreu no exílio, em Bucareste, em 1972.

Autor de obras como Africa Must Unite (1963), African Personality (1963), Consciencism (1964), Handbook for Revolutionary Warfare (1968) e Class Struggle in Africa (1970), na década de 30, Kwame foi seminarista católico, concluiu seus estudos acadêmicos nos EUA, onde se tornou presbiteriano e marxista. Entre prisões e a realização de congressos, rebeliões e clandestinidade, a conquista do poder à derrubada por um golpe militar e mesmo a morte no exílio, podemos dizer que Kwame Nkrumah fez jus ao título de Osagyefo. Vale a pena conhecer esse personagem de nossa história negra e poder dizer-lhe: “Benção, tio!”

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