IBGE aponta aumento da desigualdade salarial entre brancos e negros
Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta semana, revelam que a diferença de rendimentos entre trabalhadores brancos e negros. No ano passado, a renda média mensal dos negros equivaleu a 55,8% da dos brancos, atingindo o maior patamar desde 2016: R$ 2.999 contra R$ 1.673.
Em 2019, os trabalhadores negros representavam 10,4% da população ocupada no país. A fatia vem crescendo ao longo dos últimos anos, desde os 8,1% verificados em 2012. Os brancos são 44,8% da população ocupada, que somou 92 milhões de pessoas no ano passado.
Os trabalhadores que se declararam pardos tiveram em 2019 renda média de R$ 1.719 por mês. O valor equivale a 57,3% do rendimento médio dos brancos. Nesse caso, porém, a diferença se mantém praticamente estável nos últimos anos, após uma queda em 2016. A pesquisa do IBGE mostrou que permanece grande a desigualdade salarial também entre homens e mulheres.
Os dados de 2019 indicam um recuo no processo de redução da diferença de rendimentos entre gêneros no país. No ano passado, a renda média das mulheres foi de R$ 1.985, enquanto a dos homens foi de R$ 2.555. Isto é, a renda média das mulheres era equivalente a 77,7% da dos homens. A diferença é maior do que os 78,8% de 2018, mas mostra evolução em relação aos 73,6% em 2012. As mulheres representavam 43,2% da população ocupada em 2019, também uma evolução em relação aos 41,6% de 2012.
A pesquisa do IBGE mostra que em 2019 houve maior crescimento no rendimento dos trabalhadores em instrução, que subiu 9,03%, de R$ 842 para R$ 918 por mês. Já os com maior ensino superior completo cresceu 2,22%, de R$ 4.997 para R$ 5.108 por mês. Em 2019, a taxa de desemprego caiu para 11%, contra 12,3% no ano anterior, com o crescimento do número de trabalhadores informais, que atingiu o maior nível desde 2016. No primeiro trimestre de 2020, o desemprego voltou a subir, já sob o efeito da pandemia de coronavírus, chegando a 12,2%