Ildefonso Juvenal da Silva
O livro Ildefonso Juvenal da Silva: um memorialista negro no Sul do Brasil, publicado em 2019, pelo historiador Fábio Garcia, membro do Conselho Editorial da Raça, está na final do Prêmio Jabuti de Literatura 2020.
Realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) desde 1958, o prêmio recebeu 2.599 inscrições para esta edição, 20% a mais que em 2019. A edição deste ano reuniu nomes consagrados como: Chico Buarque, Maria Valéria Rezende, Djamila Ribeiro, Paulo Scott, Edney Silveste, Luiz Ruffato e Itamar Vieira Junior.
O livro “Ildefonso Juvenal da Silva: um memorialista negro no sul do Brasil (Biografias, Crônicas e Discursos)”, foi publicado Editora Cruz e Sousa e reúne 90 artigos escritos por Ildefonso Juvenal entre os anos de 1911 a 1964, totalizando 448 páginas.
Quem foi Ildefonso Juvenal da Silva?
Nascido na antiga Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, no outono de 1894, Ildefonso Juvenal, utilizou-se da Educação como instrumento de superação dos estigmas que mantinham a população negra à margem dos meios e mecanismos de ascensão social na provinciana capital do estado. Sua estreia no cenário literário de Florianópolis ocorreu em 1914, aos 20 anos, ao publicar com recursos próprios o livro “Contos Singelos”. Era apenas o início daquele que viria a ser uma das mais celebres expressões culturais na terra do autor de “Broquéis” ou, no dizer de Liberato Bittencourt, “Ildefonso Juvenal é assim, fiel, reprodução de Cruz e Sousa em terra Santa”. Ao longo de cinquenta anos, publicou sobre os mais variados campos do saber, totalizando dezessete obras, além de numerosos artigos dispersos nos jornais locais e nos periódicos do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.