Museu mantém exposição online e grátis sobre design e tecnologia na escravidão

De qualquer lugar do mundo é possível conhecer um pouco da história afro-brasileira e da sua contribuição para a construção do Brasil

Entre o catálogo de exposição online do Museu Afro Brasil está uma coleção dedicada a registrar parte das habilidades e conhecimentos africanos que construíram o “novo mundo” e inspiram o presente. A exposição Design e Tecnologia na Escravidão”, online e grátis, apresenta objetos, como ferramentas e obras de arte.

O movimento do museu com esta mostra é ir para além da imagem, por vezes, menor, de que e a presença africana no país se firmou apenas pelas contribuições culturais e folclóricas.

É possível “passear virtualmente” pelas salas e conferir, em detalhes, cada um dos objetivos ali posicionados, sendo que grande parte deles registra o cotidiano de pessoas escravizadas e suas ferramentas de trabalho. É uma prova fundamental do desenvolvimento de tecnologias por pessoas negras, escravizadas, livres e libertas, no campo do vestuário, da mineração, agricultura e até na identificação de mudanças climáticas. 

O texto do pesquisador, Douglas Araújo, afirma que o legado africano foi e é “um elemento essencial no desenvolvimento tecnológico das etapas de desenvolvimento econômico do país”. Em outras palavras, a exposição deixa nítido que praticamente tudo que foi construído no passado, por aquelas pessoas negras, não só determinaram o tipo de país daquele momento, como também construiu as bases do que temos hoje, como ensina o ideograma Sankofa, que nos leva a olhar, sempre, para o passado para construir o futuro. 

Acervo digital

Além da visita virtual é possível acessar o acervo digital do museu que conserva mais de 5 mil obras, entre gravuras, pinturas, fotografias, documentos e outros registros. 

Link para pesquisar as obras disponíveis no acervo:  187.8.169.82:8089/acervo/

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Jornalista com experiência em gestão, relações públicas e promoção da equidade de gênero e raça. Trabalhou na imprensa, governo, sociedade civil, iniciativa privada e organismos internacionais. Está a frente do canal "Negra Percepção" no YouTube e é autora do livro 'Negra percepção: sobre mim e nós na pandemia'.

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