Semur realizou workshop com membros do Selo da Diversidade em Salvador

A ação ocorreu no hotel Quality São Salvador, no Stiep

A Secretaria Municipal da Reparação (Semur) promoveu na última semana um workshop para membros de organizações públicas, privadas, além da sociedade civil do município, que participam do Selo da Diversidade Étnico-Racial, concedido pela Semur a empresas. A ação ocorreu no hotel Quality São Salvador, no Stiep.

O encontro, o primeiro presencial após a retomada com protocolos setoriais da Covid-19, contou com a participação do jornalista e consultor empresarial Maurício Pestana, CEO da revista Raça Brasil e ex-secretário de Promoção Social de São Paulo. Na ocasião, Pestana promoveu uma palestra com o tema “Diversidade e Inclusão Social nas Empresas”.

O palestrante falou do respeito pelo trabalho executado pela Semur e a importância em participar do evento. “É uma das poucas secretarias (de Reparação) que permaneceram abertas e que falam da igualdade racial, porque as políticas públicas sofreram um revés grande”, afirmou.

Para ele, falar para membros do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI) da Semur, além da sociedade civil e organizações privadas, é fundamental para fortalecer o Selo da Diversidade Racial. “A nossa última fronteira é falar do mercado de trabalho. Discutimos no âmbito da educação, no estado, escolas, sociedade e agora focamos no trabalho, porque sem o trabalho a gente não consegue ter garantia de estudo, de saúde, de habitação e mobilização”, defendeu.

Valorização – A secretária da Reparação, Ivete Sacramento, destacou que, na Semur, todos os dias são de valorização do negro. Para ela, trazer uma pessoa como Maurício Pestana para palestrar é extremamente importante, mostrando a força do negro no desenvolvimento do país, valorizando a diversidade e focando no combate ao racismo empresarial. 

“Temos a oportunidade de ter em Salvador uma pessoa que vai falar da experiência com empresas nacionais e multinacionais, com olhar da diversidade. Para nós, essa troca de conhecimento nos integra com o país e com o mundo, valorizando o olhar do outro”, afirmou a secretária.

 O coordenador de Reparação e Promoção da Igualdade Racial, Alison Sodré, lembrou que, com a retomada da economia em Salvador, é importante que o selo, que trabalha as práticas racistas nas organizações e o reflexo da pandemia, ajude a estreitar o elo entre a Semur e empresários, de forma a entender a necessidade de aproximação.

“É preciso que os empresários entendam a necessidade de estar unidos, se sensibilizando e entendendo que é um momento de retomada, solidariedade e colaboração. É hora de pensar como reajustar os impactos da pandemia, em setores que sofreram bastante com essas perdas”, pontuou.

Sensibilização – O selo representa uma política pública de sensibilização das instituições que, para além da responsabilidade social, tem a diversidade étnico-racial como aliada, na geração de aprendizado e criatividade, fortalecida em uma equipe plural, gerando maior competitividade.

Ao obter o selo, as instituições assumem o compromisso de fazer um censo étnico-racial e desenvolver ações de combate ao racismo, no ambiente de trabalho, apresentando propostas que serão analisadas por um comitê gestor, composto de organizações representativas do segmento governamental e da sociedade civil organizada. Ao final do período, será avaliado se as empresas devem ou não continuar com a certificação.

A concessão do selo é renovada anualmente e, para se garantir entre os premiados, as instituições e empresas devem atender a diversos critérios preestabelecidos por um Comitê Gestor. No caso de cumprimento das regras por um período de três anos, com notas acima de oito, a entidade recebe ainda o selo excelência. Por outro lado, o descumprimento das diretrizes implica em exclusão do grupo.

As organizações contempladas precisam seguir um plano de trabalho. Ao receber o selo, essas instituições assumem um compromisso com o município de promover ações de combate ao racismo, seguindo critérios como inclusão da juventude negra no mercado de trabalho, apoio a programas de primeiro emprego, formação de colaboradores para combater a discriminação racial, além de ações no ambiente de trabalho voltadas para a comunidade, parceiros e fornecedores.

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