Hyldon, lenda viva da black music, regrava composição escrita com Dexter e Mano Brown

Regravação, de Hyldon, “Foi no Baile Black”, lançada nesta sexta-feira, 19/11, véspera da data que se celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, marca a parceria do músico com os rappers Dexter e Mano Brown

A música composta por Hyldon, Dexter e Mano Brown, “Foi no Baile Black”, faz um passeio pela noite da música preta brasileira e informa que a black music segue em destaque no século XXI.

A aproximação entre os músicos aconteceu em São Paulo, quando Hyldon foi, à convite de Dexter,  fazer um show e bate papo em um projeto em presídios, liderado pelo rapper. Depois da atividade, eles se encontraram com Mano Brown e, entre muitas conversas, começaram a fazer a música. 

Tempos depois, a música foi parar no álbum no Boogie Naipe, do Mano Brown e agora ganha uma nova versão, na véspera da data que se celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. 

Mais que um estilo musical, a black music foi e segue sendo um movimento cultural e social, especialmente para a comunidade negra, que interrompeu os bailes, apenas na pandemia de Covid-19. Mesmo nas festas moderninhas, não falta espaço para o samba-rock e para o balanço e, desse modo, o estilo foi se consolidando e transcendendo gerações. 

Hyldon, lenda viva da black music, é compositor, cantor e instrumentista. Esteve ao lado de artistas como Cassiano, The Fevers, Caetano Veloso e Tim Maia, entre outros.

Recentemente, ele estrelou na série Balanço Black do canal Curta. Ao final dos episódios, a série apresenta uma jam session, sempre com encontros marcantes entre músicos do gênero e de diferentes gerações. Hyldon e a cantora Céu estão no primeiro episódio.

Sua música de maior sucesso, de 1974, “Na rua, na chuva, na fazenda (Casinha de sapê)”, foi regravada muitas vezes e ficou amplamente conhecida por meio da banda Kid Abelha. 

Foto: Jardel Sabino.

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Jornalista com experiência em gestão, relações públicas e promoção da equidade de gênero e raça. Trabalhou na imprensa, governo, sociedade civil, iniciativa privada e organismos internacionais. Está a frente do canal "Negra Percepção" no YouTube e é autora do livro 'Negra percepção: sobre mim e nós na pandemia'.

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